Não sou eleitor do Garotinho, não acho que fez um grande governo no Rio de Janeiro, mas ontem fiquei indignado com o que fizeram com o cara no jornal da Globo. Que a Globo, já fazem alguns meses, vem priorizando o esvaziamento da candidatura do ex-governador já estava na cara. Os motivos eu não sei ao certo. Suspeito que seja por sua proximidade com as igrejas protestantes, em especial com aquela que controla um canal de TV concorrente. O fato é que ontem à noite a nossa bela e ambiciosa Ana Paula Padrão, em atitude de total desrespeito, não deixou o candidato falar. Ela mandava a pergunta (já sugerindo uma resposta) e quando o cara começava a tentar responder ela interrompia com comentários desqualificantes ou, muitas vêzes, com outra pergunta. O cara parava, escutava a nova pergunta e tentava responder novamente. Não era permitido. O cara não tinha direito de se defender, nem de tentar embromar, como fizeram os demais candidatos em situação semelhante. Fiquei constrangido ao assistir o programa. O Franklin Martins mandava uma pergunta, de forma educada, e lá vinha a Ana Paula, quase que bufando, interrompendo as respostas e detonando o candidato. A coisa ficou tão feia que Ana Paula chamou Garotinho de Prefeito e ameçou começar a trocar as bolas, de tanto nervosismo. Ou ela realmente odeia o cara, o que não justifica seu comportamento, ou se achou na vaidade de detonar, ela, jornalista, a candidatura do Garotinho, numa paulada só. A terceira hipótese é de que foi mandada mesmo, pela alta direção da empresa.
Fica o alerta. Estamos em uma democracia e os jornalista tem que atuar de forma responsável e respeitosa. Outros jornalistas já entrevistaram o cara e demonstraram sua fragilidade, sem apelar para o autoritarismo que pautou a conduta de Ana Paula no Jornal da Globo de ontem. Daqui pra frente é bom ficar bem de olho, pois uma pessoa que age assim, vai tentar impor, sem muitos escrupulos, o seu candidato (ou o da Globo, sei lá...) aos telespectadores.
Já que estou falando de política, sempre é bom lembrar que voto no Lula e que acredito, mais que nunca, que ele está realmente preparado para levar nosso país a viver dias melhores.
"Com toda esta polêmica a propósito da clonagem, uma grande pergunta urge colocar:
Alguém que tenha relações sexuais com o seu próprio clone é gay ou está a masturbar-se?..."
O governo cometeu um erro Tasso, a candidatura de José Serra do Caixão não sobe de jeito nenhum, nem com injeções maciças de Viagra na veia, nem com a Rita Camata dando uma mãozinha. Enquanto isso, a candidatura do Ciro Gomes está subindo mais que o gás de cozinha. Plesbiciro Gomes parece o dólar: vale muito menos do que está cotado no mercado. Ciro do Cajueiro parece um daqueles garotos guias-mirins de turismo no Nordeste: fala rápido um monte de coisas difíceis que ele decorou mas, no fundo, não sabe nada do que está falando. E o pior é que depois da explicação ele ainda fica esperando que a gente dê um trocado para ele. Ao contrário da classe artística (onde Ciro tem ótimas relações), Ciro se dá muito mal com a imprensa. Ciro Gomes é assim: pela frente é um cara calmo, mas, por trás, é todo estourado. Assim como seus adversários, Ciro costurou uma série de alianças políticas espúrias. Ciro já fechou com o ACM, com o Collor e com o Brizola. Agora só falta o Maluf. Mas para fechar o acordo, Maluf impôs uma condição. Ciro vai ter que trocar de nome para Sírio Gomes."